domingo, 11 de outubro de 2009

Prefiro


 


 

Prefiro os cínicos,

Fantasiados de cão,

Aos intelectuais burgueses

Travestidos de patrão.

Prefiro os loucos,

Aos convencionais,

Superficiais,

Sem idéias profundas.

Viagens mais que utópicas

Desejos e verbos sempre,

No imperativos,

Vivo.

Grito aos céus,

Prefiro os que gritam,

Dos que calam,

Os que externam, sofrem,

Os que se calam sofrem mais.

Prefiro os casuais,

Espontâneos

E nesses seres autênticos,

O desejo de poder mais.

Prefiro o capaz,

De viver errante ao,

Complacente

Que vive ermo,

Idiota!

Prefiro os humildes,

Pois se reconhecem

Em seus defeitos,

Engrandecem-se nas qualidades.

Por fim, prefiro os sonhadores,

Sonhadores despudorados,

Que como eu escrevem sinas,

Poesia da carne,

De cada dia.

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